“És um jardim fechado, minha irmã e esposa, jardim fechado e fonte lacrada” (Ct 4,12).
Somos um grupo de fiéis católicos que fomos chamados pelo Senhor para esta obra de restauração, cura e libertação. Somos uma família em Cristo. Frequentamos paróquias diversas, pertencentes a Dioceses localizadas em São Paulo e em outros estados do Brasil. Acompanhamos pessoas que necessitam de cura interior e libertação de influências do maligno. Elas entram no grupo não apenas para receberem oração, mas para aprenderem a rezar e se motivarem a ter uma vida contínua de oração, pois só assim a libertação acontece.
Nós nos inspiramos na espiritualidade carmelitana, somos todos de Maria e queremos aumentar cada vez mais nossa intimidade de amor com Deus, contemplando-o em nosso coração, nosso jardim pessoal e fazendo a Sua vontade em tudo em nossas vidas.
Cremos na infinita misericórdia de Deus e no sangue e água que jorram do Sagrado Coração de Jesus, que nos lava do pecado, mata nossa sede, nos cura, liberta e salva. Sabemos que sobre nós, através da intercessão da Virgem Maria, medianeira de todas as graças, uma chuva de graças é derramada. Contamos com a proteção de São José, o terror dos demônios, e de São Miguel Arcanjo, o chefe da milícia celeste, e a de nossos outros patronos.
O nosso desejo é levar Deus aos nossos membros e aos nossos atendidos, tornando-nos cada vez mais íntimos d'Ele, para que todas as almas sejam salvas.. Aqui, nós aprendemos a rezar, praticar e receber com maior assiduidade os sacramentos e ter uma vida orante, de modo a caminhar "pelas próprias pernas" em união com a Igreja, rumo à santidade. Também recebemos ou aprimoramos os ensinamentos da doutrina católica e das Sagradas Escrituras. Além disso, especialmente maravilhoso é homenagear Deus meditando a Paixão de Seu Filho Nosso Senhor Jesus Cristo e rezar o rosário para Maria Santíssima.
A vida de oração é a ponte entre os homens e o seu Criador. E sabemos que tudo podemos mudar através dela, principalmente aumentar a intimidade com o Senhor Jesus.
Em suma, cada membro e atendido do JJ (jeito carinhoso com que apelidamos o Jardim de Jesus) tem a oportunidade de abrir as portas do seu coração para que a ação renovadora do Espírito Santo nele opere.
Todos oramos uns pelos outros, pelos nosso familiares e amigos, por nossos párocos, pela igreja, pelo mundo e pelo triunfo do imaculado coração de Maria e do sagrado coração de Jesus.
Contamos com servos de acolhida, de aconselhamento, de intercessão e de assistência social.
SANTA TERESA D'ÁVILA
Santa Teresa D'Ávila: O jardim fechado da alma:
Santa Teresa D’Ávila compara a alma de cada cristão a um jardim. Podemos encontrar essa comparação inúmeras vezes na Palavra de Deus e com veemência no Cântico dos Cânticos, livro tão amado por essa Doutora da Igreja: “És um jardim fechado, minha irmã e esposa, jardim fechado e fonte lacrada” (Ct 4,12).
Fechado, pois Deus nunca invade a alma que não o aceita. Ele carinhosamente permanece à porta e bate, esperando que a abramos (Ap 3, 20). Também fonte lacrada, pois somente Ele pode liberar em seu interior a água que purifica a alma: “Derramarei sobre vós águas puras, que vos purificarão de todas as vossas imundícies e de todas as vossas abominações” (Ez 36,25); posteriormente, fazendo com que ela mesma seja fonte inesgotável de água viva (Jo 7, 38).
Até que isso ocorra, “Minha alma está sedenta de vós, e minha carne por vós anseia como a terra árida e sequiosa, sem água” (Sl 62,2), pois sem Deus “ficarei parecendo um carvalho de copa murcha, um jardim completamente sem água” (Is 1,30).
A alma habitada pela Graça é um jardim de delícias para Deus, onde Ele mesmo habita. A Santa de Ávila relembra que “era para mim grande alegria considerar minha alma como um horto ou jardim e que o Senhor passeava nele. Suplicava-lhe que aumentasse o odor das florzinhas das virtudes que começavam, ao que parecia, querer sair, e que fosse para sua glória e as sustentasse (…) e que cortasse as que quisesse, pois eu já sabia que depois nasceriam maiores.”
Santa Teresa, no seu Livro da Vida, exorta-nos a que procuremos, com a ajuda de Deus, fazer com que estas plantas cresçam [as virtudes] e que tenhamos muito cuidado em regá-las para que não morram, mas sim que produzam flores de grande odor [boas obras] para alegria de Nosso Senhor, para que Ele possa deleitar-se neste jardim e descansar entre estas virtudes”.
O jardim, como a alma, precisa de constante cuidado e proteção; quando o tempo não é propício, necessita de podas regulares, de transplantes e de um olhar cuidadoso para ajustar cada planta ou flor no lugar exato.
Um jardim deixado ao sabor do tempo morre ou desaparece tomado pelo mato. Inúmeras flores ou plantas ornamentais, se não recebem atenção adequada, deixam de produzir. Assim é nossa alma, que pode ser um “lugar das delícias” ou um terreno baldio. O principal dos cuidados de que o jardim necessita é a água: “O Senhor te guiará todos os dias e vai satisfazer teu apetite, até no meio do deserto. Ele dará a teu corpo nova vida, e serás um jardim bem irrigado, mina d’água que nunca para de correr” (Is 58,11).
Para Santa Teresa D’Ávila, esta água que irriga o jardim de nossa alma tem um nome: oração. É através da oração que a alma é irrigada para produzir seus doces frutos.
Aquele que não reza permanece seco e árido, e se arrisca a ter as próprias minguadas virtudes arrancadas (Mt 25,29) e ainda enfrentar um juízo terrível, pois o jardim da nossa alma é chamado a produzir os frutos do amor (Lc 13,7).
Mas como rezar bem e frutuosamente? Nesta série de artigos ‘Aprenda a rezar com Santa Teresa D’Ávila’, vamos examinar ponto por ponto dos ensinamentos desta Doutora da Igreja sobre a oração. Faremos com ela o caminho do cuidado do jardim fechado de nossa alma, preparando-a para ser um lugar de delícias para Deus, onde Ele mesmo se alegra em permanecer (Pr 8,31).
Texto de Flávio Crepaldi extraído na íntegra, disponível no site:https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/o-jardim-fechado-da-alma/
SANTA TERESINHA
Santa Teresinha : Devoção pessoal da fundadora e analogia das almas com as flores de um jardim.
"Assim é no mundo das almas, que é o jardim de Jesus. Ele quis criar os grandes santos, que podem ser comparados ao lírio e às rosas, mas criou também os menores e os que devem contentar-se em ser margaridas ou violetas destinadas a alegrar os olhares de Deus quando os abaixa aos seus pés. A perfeição consiste em fazer a Sua vontade, em ser o que Ele quer que sejamos..."
Santa Teresa de Lisieux (+ 30/09/1897). Santa Teresinha do Menino Jesus: História de uma alma, Manuscrito A, 2v
SANTA MARIA MADALENA
Ela é um dos baluartes do JJ: uma vida transformada pelo Senhor Jesus. Por Ele, ela foi tirada das trevas à luz, foi curada, liberta e passou a amá-lo e ser sua discípula.
Maria Madalena seguiu os passos de Jesus e o ajudou no seu ministério em muitos momentos. Muitas mulheres tiveram um papel importante na propagação do Evangelho, e Maria Madalena foi uma delas. Ela seguiu o Messias até o último momento e presenciou a sua crucificação. Mas não foi o fim! Maria teve a oportunidade de constatar com os seus próprios olhos o sepulcro vazio e foi a primeira pessoa a ter visto Cristo ressurreto.
"Os Doze estavam com ele, como também algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios;*"
São Lucas 8,2
"Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. "
São João 19 ,25
" João, 20 1. No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro. 2. Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: “Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!”. 3. Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro. 4. Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. 5. Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou. 6. Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão. 7. Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte. 8. Então, entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu. 9. Em verdade, ainda não haviam entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dentre os mortos. 10. Os discípulos, então, voltaram para as suas casas. 11. Entretanto, Maria se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro. 12. Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13. Eles lhe perguntaram: “Mulher, por que choras?”. Ela respondeu: “Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram”. 14. Ditas essas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. 15. Perguntou-lhe Jesus: “Mulher, por que choras? Quem procuras?”. Supondo ela que fosse o jardineiro, respondeu: “Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar”. 16. Disse-lhe Jesus: “Maria!” Voltando-se ela, exclamou em hebraico: “Rabôni!” (que quer dizer Mestre). 17. Disse-lhe Jesus: “Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”.* 18. Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado."
João 20, 1-18
"1. Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus. 2. E no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado. 3. E diziam entre si: “Quem removerá a pedra do sepulcro para nós?”. 4. Levantando os olhos, elas viram removida a pedra, que era muito grande. 5. Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado direito, um jovem, vestido de roupas brancas, e assustaram-se. 6. Ele lhes falou: “Não tenhais medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram. 7. Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galileia. Lá o vereis como vos disse”. 8. Elas saíram do sepulcro e fugiram trêmulas e amedrontadas. E a ninguém disseram coisa alguma por causa do medo. 9. Tendo Jesus ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana apareceu primeiramente a Maria de Magdala, de quem tinha expulsado sete demônios. 10. Foi ela noticiá-lo aos que estiveram com ele, os quais estavam aflitos e chorosos."
Marcos 16, 1-10