FOTO ACIMA: Ruth na 1ª eucaristia de seus quatro filhos e o Padre Antônio Alexandre na Paróquia N. Sra. da Providência, Real Parque,no dia 04 de dezembro de 2021. Foi uma conquista do Jardim de Jesus! Louvado seja Deus.
FOTO ACIMA: Ruth na 1ª eucaristia de seus quatro filhos e o Padre Antônio Alexandre na Paróquia N. Sra. da Providência, Real Parque,no dia 04 de dezembro de 2021. Foi uma conquista do Jardim de Jesus! Louvado seja Deus.
O SONHO QUE VIROU TRAGÉDIA
Aquele 04 de maio de 2017 era um marco muito especial na vida da Ruth. Depois de ter sua alma "ferida" pelo divórcio há 7 meses, ela escreveu um livro sobre sua história de superação e faria uma reunião nesse dia com uma editora para discutir a publicação do mesmo. O plano era deixar seu filho Rafael e a colega dele na escola e seguir direto para a reunião...
Esta é a comovente história da professora e escritora goiana Ruth Maria da Veiga, que, após um trágico acidente, teve sua vida e a de seus filhos radicalmente mudada.
Nascida em Uruana, estado de Goiás, Ruth tem 43 anos de idade e mora em Goianira, município a 30 km de Goiânia. Fez Magistério e começou a dar aulas em 2001; em 2007 graduou-se em Letras; em 2011 passou no concurso municipal para monitora de um CMEI. Nesse período cursou Pedagogia, formando-se em 2015, e tomou posse como monitora, e depois passou em outros 2 concursos, para professora, em Goiânia e em Trindade. Trabalhou, ainda, em escolas particulares, dando aulas, consultorias em redação e outras matérias. É escritora, tem uma alma cheia de poesia.
Ruth levava uma vida comum e feliz como monitora de creche e escola infantil, exercendo seus papéis de mulher, mãe, esposa, professora e cristã católica participante das missas da paróquia próxima de sua casa.
Em outubro de 2016, ela se divorciou do pai de seus filhos, e nesse contexto, mesmo fragilizada emocionalmente, teve que se empenhar para dar uma condição financeira melhor para as crianças, e então decidiu estudar com afinco e felizmente passou para o cargo de professora. Ainda, como resultado de um processo de Coaching que fez após o divórcio, ela escreveu um livro intitulado “A dor de uma doce alma em poesia”, que inspira as mulheres a iniciarem uma nova caminhada após estarem “feridas” pelo fim do sonho de um casamento para toda a vida.
No entanto, a expectativa de tomar posse como professora, realizando o sonho de aumentar a renda da família, e a vontade de ajudar outras mulheres a se reerguerem após o divórcio, não se concretizaram, pois o destino lhe preparou uma adversidade ainda maior do que o fim do seu matrimônio.
Aquele 04 de maio de 2017 era um dia muito especial na vida da Ruth, pois às 13h ela iria participar, com parceiros comerciais, da última reunião que antecedia o lançamento de seu livro, já na gráfica, evento que seria na semana seguinte, e também do lançamento do Projeto “Almas Feridas”. Antes da reunião, ela tinha ido levar até a escola, em Itauçu, seu filho mais velho, Rafael, e a colega dele, Carolina, como fazia todos os dias. Mas a imprudência do motorista de uma caminhonete alterou bruscamente o destino de todos, e uma terrível colisão perto do retorno na estrada que liga Goianira a Itauçu, no sentido de volta para Goianira, atingiu o Ford KA que Ruth dirigia, e o veículo capotou, resultando na morte de Carolina e na fratura da coluna cervical (lesão medular) de Ruth, que, com isso, ficou inconsciente. Seu filho Rafael sofreu apenas alguns arranhões. Todos os participantes da reunião estranharam o atraso da Ruth, quando então o telefone celular da sua amiga que estava esperando-a tocou….era o coronel do colégio militar em que seu filho estudava, noticiando o terrível acontecimento.
Com a batida, Ruth sofreu um impacto fulminante na vértebra C5, de modo que ela foi submetida a uma artrodese (cirurgia para conectar as vértebras C4 a C6). Depois de 20 dias em coma, ela acordou e percebeu que não conseguia respirar espontaneamente, mas apenas pelo respirador; sua alimentação era feita por sonda nasogástrica e sua bexiga se tornou neurogênica, isto é, dependente de esvaziamento por sondagem (cateterismo vesical intermitente). E o mais difícil: a constatação da trágica realidade de que agora ela não sentia e nem movimentava o seu corpo do pescoço para baixo, estava tetraplégica!. Desse momento até hoje, Ruth luta bravamente dia a dia para se manter viva e continuar criando seus 4 filhos!
Ela foi atendida primeiramente no hospital Hugol em Goiânia, onde passou pela cirurgia e teve alta da UTI. Depois foi internada no CRER (Centro de Reabilitação também em Goiânia), ficando, no total, oito meses fora de sua casa. Em 2018 passou a ser acompanhada pela equipe de lesão medular do Hospital público Sarah Kubitschek, em Brasília.
Os planos profissionais de Ruth foram bruscamente interrompidos: o acidente a tirou da sala de aula, afastando-a de seus queridos alunos e privando-a de uma remuneração melhor como professora titular. Depois do acidente, sua renda para criar e manter seus filhos Rafael, 17 anos, João Pedro, 14 anos, Guilherme, 12 anos e Mariana, 9 anos, vem de uma aposentadoria por invalidez no valor aproximado de R$ 1.300,00 mensais. A vida desta família é dura, cheia de privação, só não é pior devido a ajudas fixas, outras eventuais, que recebe de seus muitos amigos goianos, que se juntaram numa rede de solidariedade e orações desde o acontecimento. A ajuda governamental é pequena, e assim a cadeira de rodas especializada, prometida há 4 anos, por exemplo, nunca chegou, pois a fila de deficientes no seu Estado é imensa e a burocracia para a liberação dos recursos também. A arrecadação valorosa dos amigos infelizmente é insuficiente, pois as necessidades são inúmeras.
Um tetraplégico precisa de cuidadores pelo menos por 16 horas/dia (supondo que a pessoa durma 8 horas), além das medicações de alto custo, material de sonda, meias de alta compressão, entre muitos outros itens, pois é dependente para praticamente tudo (alimentação, higiene, etc.).
A Ruth teve várias cuidadoras durante esses 4 anos, e nenhuma que se fixasse por um tempo maior devido à pouca remuneração recebida e à falta de infraestrutura para ajudar na manipulação e transferência da Ruth, o que torna o trabalho muito cansativo. Desse modo, a rotatividade de pessoas é grande e também a descontinuidade, havendo momentos, como o atual, em que a Ruth está sem cuidadora, contando exclusivamente com a ajuda da família e amigos, o que gera sofrimentos como a demora em extrair a urina, pois depende de algum enfermeiro estar livre para atendê-la no postinho de saúde sempre cheio no bairro, o que a deixa aguardando por horas e mais horas em casa, com a pressão arterial subindo.
Diante deste quadro de vida doméstica precária, a Ruth enfrenta infecções urinárias seguidas, o que resultou em uma última internação hospitalar em Goiânia em março deste ano por quase 1 mês, tendo sido constatado no exame de sangue o elevado número de 1 milhão de leucócitos!!!
Constatada uma infecção ou prisão de ventre, o que é muito comum num paciente lesionado medular sem fisioterapia contínua, Ruth faz os exames solicitados pelos médicos, mas, como reside distante da capital, normalmente é tratada com antibióticos e outros remédios via oral em casa mesmo, o que não é ideal. O ambiente hospitalar seria o mais adequado devido à condição especial dela. Então ela fica razoavelmente bem, com a infecção debelada, mas, com o passar do tempo, as precárias condições materiais de seu dia a dia fazem o quadro infeccioso voltar e as dores piorarem.
As escaras na pele também são outro grave problema, em vista da falta de mudança de posição devido a estar deitada em uma cama comum, sem colchão especializado (espuma casca de ovo), sem rotação. Mais um foco de infecção, que aumenta e gera ainda mais problemas e sofrimento.
A saúde da Ruth é bem frágil e está piorando a cada dia, pois as complicações decorrentes de lesão medular só seriam “amenizadas” com um tratamento médico constante, contínuo e multidisciplinar, aliado a cuidados domésticos adequados. A reabilitação física (fisioterapia, terapia ocupacional), é essencial para evitar atrofias e outras perdas neurológicas, além de contribuir para suportar as dores neuropáticas. O atendimento psicológico profissional também é importantíssimo para ajudar no processo de recuperação física e manter a esperança viva no coração, e isso também a Ruth não tem. Ela se sustenta pelo amor dos filhos e o apoio, incentivo e orações dos amigos.
Quanto à locomoção de sua casa para as inúmeras consultas médicas, fisioterapias e exames, todas concentradas em Goiânia, que fica a 40 minutos de Goianira, a Ruth nunca pôde contar com um transporte corretamente adaptado para a sua condição (em que a cadeira de rodas entra no carro), pois o número de veículos disponibilizados pelo governo não chega para ela, já se esgota com o uso por outras famílias igualmente carentes. Ela é transportada de maneira comum aos não deficientes, o que agrava as dores e aumenta os incômodos.
A sua visão do olho esquerdo, hoje está extremamente comprometida e Ruth se apavora com a possibilidade de ficar cega. Sua miopia, que desde o acidente aumentou para o grau 9, está negligenciada, pois o dinheiro para a compra do óculos não existe. Ela já está com um problema grave na retina, e a cirurgia também é uma hipótese provável num futuro breve.
A Ruth se comunica com um “canetinha” metálica que usa com a boca para digitar mensagens no celular, bem de pertinho para conseguir enxergar. É dessa forma que ela administra as consultas, exames e tudo o mais, com a ajuda de seu filhos.
Foi então que, em busca de reduzir as fortes dores que a acometem e que tornam cada vez mais distante a meta de voltar a trabalhar e gerenciar sua casa, lhe indicaram, no hospital Sarah em Brasília, que ela fizesse uma cirurgia para introdução de uma bomba de morfina que libera a medicação diretamente na coluna, e que se localiza no abdômen. Felizmente ela encontrou um médico que não lhe cobrou honorários e conseguiu o aparelho. A cirurgia ocorreu em junho de 2020 no hospital Araújo Jorge, em Goiânia. Entretanto, inacreditavelmente o resultado dessa bomba não foi o esperado, e outras complicações começaram a surgir.
Como a fisioterapia que a Ruth fez em casa não pôde mais ser custeada por uma grande amiga que lhe ajuda muito, ir até Goiânia, sem transporte adequado e nem sempre com cuidador acompanhando, é um esforço tão grande que ela volta em piores condições de dor e cansaço, então fazer fisioterapia fora de casa teve que ser descartado.
A pandemia do COVID-19 piorou ainda mais o estado da Ruth, pois diante da crise sanitária e econômica que se instalou no país, houve redução do montante arrecadado pelo grupo, pois alguns tiveram diminuição ou perda de seus rendimentos e não puderam mais ajudar e outros ainda faleceram em decorrência do coronavírus. Além disso, os atendimentos e tratamentos necessários à sua condição foram suspensos ou adiados, e muitas vezes ela foi recusada em pronto-socorros, tendo sido acudida por médicos conhecidos.
O Hospital Sarah Kubitschek é excelente em muitas áreas, mas não é apto a lidar com a bomba de morfina. Portanto, no momento ela está sem médico especializado neste equipamento, não encontra nenhum profissional em seu Estado que a atenda. Atualmente ela está com um inchaço generalizado no corpo e rosto (anasarca), ainda sem diagnóstico, pois os exames não conseguiram detectar a causa. Sua vida parece esvair-se pelos dedos...ela está viva pela fé e pela infinita misericórdia de Deus!
A Ruth passa a maior parte de seu tempo presa a uma cama, sofrendo de fortes dores neuropáticas e disreflexia autonômica, que é um quadro grave de aumento da pressão arterial, consequências médicas típicas de pacientes lesionados na medula, com riscos de infarto, AVC, descolamento de retina, convulsões e morte.
Em suma, a Ruth precisa de uma infraestrutura que abranja cuidadores, equipamentos, materiais, medicamentos, fisioterapia, psicoterapia, nutricionista, etc., de modo contínuo e por tempo indeterminado. Ela sobrevive de sua pequena aposentadoria e da doação de seus amigos locais. Como sua reabilitação foi descontinuada e hoje é inexistente, todos os ganhos que ela obteve no primeiro ano após o acidente foram perdidos, seu estado geral “despencou”.
O que ela quer é ter uma vida minimamente confortável, com diminuição e controle de suas dores e infecções, para então voltar a trabalhar, aumentando sua renda de modo a dar uma vida digna e mais alegre para ela e seus filhos. A meta a longo prazo é ser uma deficiente independente.
Diante deste drama de vida, e depois de muita conversa e oração, nosso grupo Jardim de Jesus, uma pequena comunidade de leigos católicos aqui de São Paulo, do qual a Ruth é cofundadora, decidiu tentar uma ajuda diferente e por graça de Deus conseguiu para ela uma consulta no próximo dia 17 de agosto, no Hospital das Clínicas, com um neurologista especializado em dor e que entende da bomba intratecal, glória a Deus!!!.
Precisamos da sua ajuda para arrecadar uma quantia mensal, pois lutamos diariamente para conseguir recursos para custear cuidadoras, aluguel, materiais médicos, entre outros.
Contamos com a sua generosidade para que juntos possamos salvar a Ruth!!! Toda ajuda é bem-vinda! Deus abençoe e proteja imensamente a cada um e suas famílias, muito obrigada!
Paulina Giglio, amiga e representante legal da Ruth Veiga.
VOCÊ PODE AJUDAR DE 2 (DUAS) MANEIRAS
DOAÇÕES
Chave PIX: ruthmveiga@gmail.com
Em dinheiro - Banco Santander
Ag. 2083 - CC 01014285-2
(Cuidadoras, Aluguel, Materiais hospitalares, meias de compressão, fraldas, móveis, roupas, mantimentos, remédios, consultas médicas, curativos, etc.)
Entre em contato no cel. (11) 99791-2403 - c/ Ana Paula
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